Lutadora brasileira conquistou o bronze em Pequim e treina para repetir o pódio nos Jogos de Londres
POR:CÂNDIDO HENRIQUE SILVA

Quatro anos depois, a lutadora brasileira teve outros ensinamentos. O principal deles foi o sacrifício. O atual ciclo olímpico teve lesões, dúvidas e superação.
Ela passou por duas cirurgias para corrigir o rompimento dos ligamentos do joelho direito. A primeira foi em 2010 e a tirou das lutas por oito meses. Assim que voltou às competições, a mesma contusão a afastou por mais seis meses.
A eliminação na estreia do Pan-Americano de Guadalajara colocou em xeque até a possibilidade de classificação para os Jogos Olímpicos de Londres. Aí, entrou a superação e, principalmente, o sacrifício para fazer valer a sua meta: competir em outra Olimpíada.
Falavigna ignorou o que parecia ser o destino e fez valer o título de campeã mundial, alcançado em 2005, em Madri. Em Querétaro, no México, a brasileira venceu o Pré-Olímpico e se classificou. Era a última chance da lutadora.
Classificada, ela se prepara para o ouro. Uma vez campeã mundial, ela pegou gosto pelas vitórias, apesar de sair o valor que as derrotas têm para um atleta de alta performance.
"Desde que me classifiquei, eu só penso em treinar, e muito. Trabalhar para conseguir conquistar os meus objetivos, os meus resultados e todas as coisas que eu sonho. Mas antes de qualquer realização, tem muito trabalho. Então, a única coisa que eu penso é no trabalho", destacou a lutadora brasileira.
O passado de lesões não atormenta mais Falavigna. "Hoje, eu estou contente, estou 100%. Estou treinando bastante, isso ficou no passado, é só treinar e continuar minha rotina normalmente. Aconteceu, foi algo que me engrandeceu bastante. Eu cresci com a lesão", completou a atleta.
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Ao falar sobre a sua rotina, Natália Falavigna se anima. Ela esquece as lesões dos últimos anos e só tem olhos para as melhorias em suas condições de trabalho.
Em dezembro do ano passado, a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) inaugurou seu centro de treinamentos no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.
No mesmo período, ela passou a ser treinada pelo norte-americano Jean López. Segundo Falavigna, o melhor treinador de taekwondo do mundo.
"Eu gosto muito do treinamento do Jean. Considero o melhor técnico do mundo. Para mim foi ótimo, estou muito contente e ansiosa por este ano. Frutos virão, ele trabalha muito bem, é um ótimo profissional", comentou a lutadora brasileira.
Natália Falavigna, nos últimos quatro anos, também recebeu incentivos importantes para se manter focada apenas na sua carreira no taekwondo. Ela é uma das atletas com mais incentivos.
Além da ajuda de sua confederação, ela faz parte do Time Rio, equipe que recebe auxílio da Prefeitura do Rio de Janeiro. Falavigna também é atleta do Fluminense e recebe uma bolsa para defender as Forças Armadas Brasileiras em torneios militares.
Tudo isso é fruto da medalha de bronze que conquistou em Pequim. Em Londres, ela quer avançar ainda mais em auxílios e se tornar um ícone. (CHS)