O esporte, além de proporcionar tudo isso, ajuda na aprendizagem da superação, da paciência, persistência; ensina a vencer por mérito e que não são deméritas as derrotas que possam vir a aparecer. Os educadores necessitam inspirar e elevar a auto-estima dos jovens para que a formação deles seja ainda mais sólida para enfrentar as diversidades do dia-a-dia na vida adulta.
É incrível como as crianças querem vencer na vida através do esporte, mas nem sempre são amparadas por leis de incentivo, por profissionais qualificados e federações capazes de não só administrar seus afiliados, como também acrescentar a todos uma maior participação social do esporte nas comunidades.
Às vezes, pergunta-se o motivo pelo qual ainda é tão restrito nas escolas municipais e estaduais o espaço para se praticar esportes olímpicos: Será que o motivo é a falta de profissionais qualificados e uma diretriz capaz de levar o descobrimento de novos talentos? Qual é o papel, neste momento, das Federações estaduais?Das prefeituras? Bem, não se deve generalizar, pois o futebol e o voleibol, por exemplo, são esportes valorizados e como tal têm espaço garantido nas instituições de ensino. Porém, há outros esportes que também são importantes, mas nem por isso têm o apoio governamental e privado, como é o caso do Taekwondo.
Este esporte, mesmo tendo uma diretoria que se importa com o desenvolvimento social e técnico da modalidade no estado, não tem condições operacionais e financeiras para disseminar em todas as escolas a sua modalidade.
O objetivo dos educadores e comunicadores é também formar cidadãos críticos e conscientes, capazes de enfrentar os desafios diários. E para isso, o esporte também tem sua contribuição, pois possibilita ao jovem o poder da superação dos limites, além de ajudá-lo a conviver com vitórias e derrotas.
Entra ano e sai ano e não vemos mudanças na mentalidade dos dirigentes esportivos e muito menos da secretaria de esporte tanto municipal quanto estadual em benefício dos jovens. Existem, sim, alguns programas, como o "Fica Vivo", que atende crianças dos aglomerados dando-lhes aulas de vários esportes, (como taekwondo, dança, capoeira e xadrez), socializando-as e promovendo a inclusão social em bairros mais carentes. Mas até onde é sabido, não existe um projeto de médio e longo prazo para o desenvolvendo social de nossos jovens.
Estamos em ano de eleição. Cabe ao eleitor e cidadão analisar com presteza e responsabilidade quem será o seu representante, pois este será o seu porta-voz na câmara e, portanto, aquele que terá autonomia para apresentar projetos que visem atender as comunidades em suas múltiplas necessidades.
Mas vamos lá. É ano novo! Vamos dar um pouco mais de tempo para nossos políticos e para as pessoas voltadas ao esporte. Quem sabe apareça algum candidato com idéias voltadas também para esta questão?
É preciso que sejam regulamentadas leis que levem para as escolas os esportes olímpicos para que a juventude se envolva nos projetos e não tenha tempo/chance para se envolver com a criminalidade, por exemplo.
CARLOS FRANCO